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Foi-se o tempo em que estar fisicamente no trabalho era sinônimo de produtividade. O home office provou isso nos últimos anos, com muitos profissionais entregando um melhor desempenho pelo simples fato de terem flexibilidade para trabalhar de qualquer lugar. Entretanto, essa “flexibilidade”, muitas vezes, vem mascarada de uma disponibilidade total para o trabalho, com horários estendidos, fazendo com que o colaborador esteja conectado 24h do dia.
Chamada de cultura da produtividade, esse excesso de trabalho pode desencadear diversas doenças mentais, físicas e outras condições que afetam a capacidade do colaborador de desenvolver suas atividades de forma adequada. O presenteísmo é um desses fenômenos.
O que é presenteísmo?
O presenteísmo é um termo usado para descrever o comportamento de uma pessoa (colaborador) que se sente obrigado a estar disponível para o trabalho, mesmo em dias em que ele não se sente bem de saúde ou quando precisa de descanso e repouso.
Este fenômeno tem acontecido em diversas empresas, principalmente, nas que possuem uma grande exigência por entrega de resultados. Isso faz com que o colaborador esteja apenas “de corpo presente” no trabalho, mas com o psicológico ausente.
Além de afetar a performance do colaborador e sua produtividade, essas situações podem gerar estresse e outros problemas de saúde mental como ansiedade e, até mesmo, uma síndrome de burnout.
Muitas das vezes, o presenteísmo é o primeiro sinal de algo mais grave e que não é notado pelo RH no dia a dia, nos exames periódicos ou ações voltadas para a saúde e bem-estar dos funcionários.
Como identificar um profissional com presenteísmo?
Existem alguns sinais importantes que podem ser observados pelo RH ou pelo próprio gestor:
- Ausência mental: o colaborador pode estar fisicamente presente, mas aparentemente distraído e muito desmotivado.
- Falta de interesse em suas atividades do dia-a-dia: o colaborador mostra-se desmotivado com os desafios, perde sua produtividade ou diminui sua capacidade de execução. Há também uma falta de interesse em aprender novas habilidades e, até mesmo, uma resistência em aceitar novas responsabilidades.
- Estresse e ansiedade: observar se o colaborador não apresenta sinais de transtornos mentais e mudança repentina no comportamento e engajamento. Deixar de participar das atividades, se irritar facilmente ou apresentar ansiedade, como reclamações de tensão muscular, insônia, também podem ser indícios de presenteísmo.
- Dificuldade de relacionamento com os colegas de trabalho: muitas vezes é possível identificar o presenteísmo na mudança de comportamento do colaborador com os demais integrantes do time, pares e liderança.
Como abordar os profissionais com este comportamento?
Ao identificar alguns dos traços acima é de suma importância que o RH e o gestor da área abordem este profissional para oferecer ajuda, sempre de forma respeitosa. É possível traçar uma estratégia utilizando dados dos exames periódicos e, com isso, tornar a abordagem mais assertiva, encaminhando o profissional para uma linha de cuidado correta e específica para o sintoma apresentado. Esses dados ajudam não só o RH, mas também o time de saúde, a identificarem outros sintomas relacionados à saúde mental, tornando o acompanhamento mais individual e humano.
Conheça sobre nosso programa de Saúde Ocupacional que abrange além dos exames admissionais/demissionais, exames periódicos que entregam dados ao RH sobre a saúde da sua população.
Quais ações a empresa deve tomar?
Já é de conhecimento comum que um ambiente de trabalho tranquilo e sustentável impacta positivamente na saúde mental dos colaboradores. Respeitar o descanso e as pausas de cada colaborador, propor horários flexíveis quando possível e cuidar do bem-estar trazem muito mais resultados para a empresa do horas e horas de trabalho.
Um dos primeiros passos e mais estratégico é unir a saúde ocupacional com a assistencial, olhando caso a caso cada colaborador e seu check-up de saúde. Além de investir assertivamente e especificamente na saúde de cada colaborador da sua empresa, listamos outras ações que podem ajudar a minimizar o presenteísmo:
1. Conversas individuais
Tentar compreender quais as razões por trás da mudança do comportamento do colaborador e oferecer ajuda, seja profissional ou para alguma questão pessoal.
2. Flexibilidade no trabalho
Após a pandemia, uma das maiores mudanças no comportamento dos profissionais é a busca por horários flexíveis, home-office e cuidado do bem-estar. Adotar este modelo de trabalho, quando possível, ajuda o colaborador a ter tempo para resolver questões pessoas.
3. Programas de saúde
Contar com um time de saúde para auxiliar no diagnóstico correto, possibilita ao colaborador iniciar de forma imediata o tratamento, junto a uma linha de cuidado eficaz. Um exemplo disso é o Cuidado 3778, que por meio de profissionais qualificados, como enfermeiros e médicos de família, o colaborador recebe assistência médica personalizada no seu dia a dia.
Esses programas têm como objetivo promover mais qualidade de vida para o colaborador e melhores resultados de saúde a médio e longo prazo. Além disso, a APS é capaz de resolver com facilidade cerca de 85% das principais necessidades de saúde, evitando idas desnecessárias ao pronto-atendimento e reduzindo, também, a sinistralidade do plano de saúde.
4. Treinamentos e desenvolvimentos
Além de ajudar o colaborador a aprimorar suas habilidades, os treinamentos trazem reconhecimento e melhoram a satisfação dos funcionários em seu trabalho, além de reconhecê-los profissionalmente.
Lembre-se de que é importante tratar cada caso de forma individual e procurar encontrar soluções que sejam benéficas tanto para o colaborador quanto para a empresa.